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Alta de alimentos retoma discussão sobre necessidade da formação de estoques

imprensa@conab.gov.br (CONAB - Assessoria de Imprensa ) • 25 de novembro de 2020 às 11h01

Tipo de arquivo: MP3 - Tamanho: 4,92MB - Duração 3:32. (192kbps 44100Hz)

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A recente alta nos preços dos alimentos fez muita gente questionar a necessidade do país manter estoques públicos para utilização em tempos de crises. Mas será que esta é mesmo a melhor estratégia de atuação?

Para garantir o abastecimento dos brasileiros, a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, acompanha o atual cenário de mercado e tem atuado junto ao Ministério da Agricultura para manter a regularidade na oferta das mercadorias.

Mas, nessa conjuntura de preços elevados e oferta ajustada, muitos falam na necessidade dos estoques para regular e abastecer o mercado. No entanto, o superintendente de Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira, explica que o Brasil, assim como os Estados Unidos, por exemplo, não adotam mais esta política de ação.

Allan Silveira – Nós éramos importadores de alimentos. então nessa época que a gente dependia muito do mercado internacional fazia um certo sentido você ter estoques para você não ficar tão vulnerável à oferta internacional e se criava uma situação de até uma possível insegurança alimentar.Hoje é diferente. A gente não tem essa situação de insegurança alimentar que demandava estoques elevados internamente. Hoje o mercado é internacional, a gente produz muito mais do que consome para a grande maioria dos produtos, e a gente consegue importar em situações de necessidade. Tem mercado fora que pode suprir o Brasil nesses momentos. Então a questão de ter estoques você mitiga um problema mas o custo é muito alto e a necessidade hoje de política pública mudou para esse segmento. hoje a gente tem que fazer política de forma mais inteligente, que beneficie um público maior. Fazer aquisição para uma produção hoje tão grande que é a do Brasil é muito custoso.

O superintendente da Conab lembra ainda que a estatal pode formar estoques a partir da compra de produtos agrícolas, mas essa aquisição ocorre somente em momentos específicos, e nesses casos o objetivo principal é dar suporte à rentabilidade do produtor.

Allan Silveira – Os estoques atuais são formados a partir da Política de Garantia de Preços Mínimos. Então quando o preço de um determinado produto está abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo federal há a aquisição de estoques via a Aquisição do Governo Federal, que é o AGF (sic), e de contratos de opção de venda que são seguros de preço que são oferecidos aos produtores em momentos de grande instabilidade de preços Então nesse momento a gente faz estoque. Mas, a política de formação de estoques não é de estoques reguladores de preços em função dessa outra política de garantia de preços mínimos, onde a Conab compra quando o preço está muito baixo e vende numa situação em que os preços estão elevados e acaba tendo esse efeito de reduzir um pouco o preço em épocas de estresse, mas não é esse o objetivo da formação de estoque. Ele é um objetivo indireto dessa política, mas não o principal.

As estatísticas divulgadas nesta semana pelo IBGE apontam que, em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 em novembro ficou em 0,81%. O grupo Alimentação e bebidas registrou a maior alta, chegando a 2,16% em no mês e registra uma elevação acumulada de 12,12% no ano.

Segundo o último boletim da Companhia, a expectativa da produção de grãos no país está em 268,9 milhões de toneladas.

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